segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Olho para as pessoas e as vejo enlouquecidas com os planos e anseios para o ano vindouro... Olho para meu rosto refletido no espelho do carro e vejo em meus olhos que não páro de pensar as mesmas coisas que todos... Assim como passam cachorros, pombas, senhoras, crianças, carros, motoqueiros, moleques, tratores, casas, passam meus pensamentos para o próximo ano. Como podem passar tantas coisas pela minha cabeça e ficar algumas de fora?
Quero a suavidade da poesia de Vinícius com a fúria das palavras de Nelson Rodrigues atreladas à minha alma. Quero ter a dimensão ética e o respeito de Antígona por seu irmão aliada a dissimulação de Capitu...
Seria muito estranho essa mistura?
Acho que não...