quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"solidão amiga do peito"... assim era a canção que ecoava em sua casa, casa? não aquilo poderia ser tudo menos casa, aquilo era simplesmente o local onde dormia... quando dormia, não era por acaso que a solidão batia com força e intensamente em seu peito. aquela caixa insistia incontrolavelmente em despertar... "me avise quando for a hora", nova faixa... perdeu-se no tempo tentando entender o que eram aquelas codificações presentes na sua caixa, por que ela tinha que ser tocada, invadida assim?... ele não sabe, ele não entende, ele desconhece, ele não é o único...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sem que me perguntassem eu fiquei, fiquei até não poder sair, até não ter mais fim, até não ter mais por onde encontrar a porta de saída, se é que existe uma saída simples para esses assuntos... Os olhos se tornam o refúgio da alma, o cheiro o afago da saudade e o sorriso a esperança do futuro. Desenhos bordados em nuvens passageiras, ficaram lindos, mas se desmancharam e estão sendo bordados novamente... Bordem, bordem bordem... Assim ela sempre disse aos seus alunos, assim estava aquele momento de sua vida: uma grande colcha de retalhos!