quarta-feira, 29 de abril de 2015

Corações distantes

Há tempos que aquela relação existia, mas não se concretizava, talvez por medo ou por capricho do destino. Continuamente era ele o dono dos sorrisos dela, fazia planos ao pensar naquilo que não sabia rotular definir e muito menos compreender. Há alguma razão no amor? Sim, pra ele sempre houve. Age de acordo com aquilo que consegue racionalizar e ela prefere o incerto do que sente, imagina. A vida é breve, o amor pode também ser, portanto por que não o viver? Será mesmo que a razão deve dominar a emoção? 
As atitudes dele a desconcertavam sempre... |Como pode ele racionalizar aquilo que tem apenas que ser vivido? Quando estavam juntos era tudo tão perfeito, tão intenso, mas depois.... Ah, maldito depois... vinham respostas evasivas, desculpas furtivas e desapegos doídos demais àquele coração enamorado. 
Quanto sofrer cabe num amor? Amar deve necessariamente ser sinônimo de sofrer? Sofrer pelo não ter, pelo não ver, pelo que poderia ser... sofrer, sofrer, sofrer... e naquele momento em que se veem, tudo deixa de existir, pois só há os olhos que iluminam seus sonhos, a boca que acalma seus desejos e o corpo que se torna a morada mais acalentadora do universo. 
Pede aos deuses que digam amém ao amor mais lindo e doído que vive. Deseja viver em toda a plenitude os encontros furtivos e secretos que tem. Há mais do que simples desejo naquilo que vivem, há uma cumplicidade de amigos que sempre foram, e que não permite a distância daqueles corações... 

sexta-feira, 13 de março de 2015

Não quero perder essa liberdade que sinto toda vez que escrevo seja o que for...Escrevo que sinto, não o que vivo... Oras é necessário que se ame para escrever sobre o amor? é preciso sangrar para reconhecer a dor? Acredito que as palavras se empoderam de sentimentos, imagens e mensagens quando escritas e o texto não e mais de seu autor que morre a cada escrito para que suas palavras ganhem vida...Não escrevo para você ou sobre você, escrevo para que leia e ao se reconhecer em um texto minha função de escritor completou-se...