Perder algo amado é dilacerante. Dor que penetra na alma e parece que não tem fim! Como pode um simples bichinho fazer esse estrago com a gente? A falta que o Joe anda me fazendo é terrível... Um simples bichinho, um mero cachorrinho... Não, não posso reduzi-lo a adjetivos diminutivos... se ele fosse "inho", eu não estaria sentindo esse vazio tão grande em minha casa e em meu coração... Sei que essa dor vai passar, sei que não são todos que entendem o amor de um ser humano por um animal... alguns acham que isso é loucura, desnecessário, um horror... mas não posso concordar com isso... ele fez parte da minha vida durante esse tempo, foi um cachorro terrível, mas me fez feliz... tão feliz... Lembro dele em cada ação que faço... Lutei por ele e com ele... Mas não deu... infelizmente...
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
final de ano chegando
Dizem que o homem só é completo se ele plantar uma árvore, tiver um filho e escrever um livro... De repente vejo que a, não sei nem como classificá-la, do ex-marido da Susana Vieira irá escrever um livro sobre sua vida, provavelmente! Como assim????????????????????????? Ela escreverá sobre o fato de ser a outra do ex-pm e ex-marido de uma mulher famosa? Quem será o louco que comprará esse livro? Foi a primeira coisa que pensei! Mas logo lembrei-me que, provavelmente, é o mesmo público que comprou o livro da Galisteu, da Bruna Surfistinha, e de tantos outros, que graças aos deuses eu não me recordo que escreveram livros nessa linha interessantíssima, após uma experiência "marcante"... Imaginemos quantos livros existiriam se cada ser humano escrevesse um livro após, por exemplo, perder o ex-namorado num acidente de trabalho? OU, então, sobre suas vastas e inconsequentes experiências sexuais... Ou melhor, falar sobre o fato de ser a outra numa relação... Uau! Como isso de fato enriquece e nos deixa confortantes... Sei que existe um tipo de público e há em nosso país uma suposta liberdade de expressão.. Mas peraí, um pouco de bom senso deve existir... Como pode ser mais interessante saber como está a gravidez de uma famosa qualquer, ou quem será o próximo eliminado do Big Brother (ai, ainda tem isso por vir) ou saber quem é Flora ou Flor de Maracujá que seja...Do que discutir de fato o que interessa para nós, enquanto seres que ocupam esse pequeno mundo...? Será que a gente não precisa de um pouco mais de questionamentos filosóficos (e não digo isso de forma piegas) para que a gente evolua enquanto espécie...? Será que ao assistirmos uma notícia horrorizante sobre um crime bárbaro, não devemos questionar ou tentar pelo menos, os motivos dessa violência? Discutir o porquê em nosso país as crianças precisam trabalhar? Ou até mesmo por que o esporte mais famoso do mundo virou essa "zona"? sei lá... Claro que o mundo feito só de intelectuais seria um porre, mas também um mundo só de alienados é uma ressaca sem fim... sei lá... como sempre, são pensamentos...
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Olho para as pessoas e as vejo enlouquecidas com os planos e anseios para o ano vindouro... Olho para meu rosto refletido no espelho do carro e vejo em meus olhos que não páro de pensar as mesmas coisas que todos... Assim como passam cachorros, pombas, senhoras, crianças, carros, motoqueiros, moleques, tratores, casas, passam meus pensamentos para o próximo ano. Como podem passar tantas coisas pela minha cabeça e ficar algumas de fora?
Quero a suavidade da poesia de Vinícius com a fúria das palavras de Nelson Rodrigues atreladas à minha alma. Quero ter a dimensão ética e o respeito de Antígona por seu irmão aliada a dissimulação de Capitu...
Seria muito estranho essa mistura?
Acho que não...
Quero a suavidade da poesia de Vinícius com a fúria das palavras de Nelson Rodrigues atreladas à minha alma. Quero ter a dimensão ética e o respeito de Antígona por seu irmão aliada a dissimulação de Capitu...
Seria muito estranho essa mistura?
Acho que não...
domingo, 29 de junho de 2008
O que será?
Qual é a medida exata dos teus passos?
Qual a medida exata da dor?
Qual a medida exata do amor?
Qual a medida exata do caráter?
Por qual parâmetro baseias teu olhar?
Qual a porta que escolheu abrir? E qual a fechadura que trancou?
Por que a dor dilacera o amor?
Por que ser semente de dor, quando mais simples é o amor?
Encontrar é dividir... Dividir é viver... viver é transcender...
Qual a medida exata da dor?
Qual a medida exata do amor?
Qual a medida exata do caráter?
Por qual parâmetro baseias teu olhar?
Qual a porta que escolheu abrir? E qual a fechadura que trancou?
Por que a dor dilacera o amor?
Por que ser semente de dor, quando mais simples é o amor?
Encontrar é dividir... Dividir é viver... viver é transcender...
quarta-feira, 23 de abril de 2008
alma
Dor que dilacera o meu peito... Confusão que invade minha mente... Medo que toma conta de meus desejos... Sonhos que escondem-se no porão de minha alma... Tudo e nada caminhando lada a lado sem saber onde um começa e o outro termina... Chegadas sem avisos, partidas sem destino... sonhos sem brilhos, música sem som... e sorriso sem alma...
quarta-feira, 5 de março de 2008
Diálogo no escuro
O dia 05 de março nunca mais será esquecido por mim... Conheci uma pessoa muito especial. Um cara extremamente seguro, dócil, carinhoso, dedicado e muito bacana. Alguém que depois de aproximadamente 40 minutos mudou a minha vida e jamais será esquecido por mim... Talvez eu nunca mais o veja, quem sabe? E mesmo que o encontre eu não o reconheceria já que fui apresentada a ele de uma maneira diferente. A apresentação aconteceu de uma forma inusitada, sem nenhuma intervenção, ele simplesmente se mostrou mais do que muita gente que eu conheço em minha vida. Esse cara chama-se Zé ou José. Ele foi o meu guia em um passeio feito no Museu Diálogo no Escuro. Lá você experimenta o olhar pelos olhos do outro, porém esse outro não tem os olhos que temos, ele enxerga com o coração. Zé é um deficiente visual, não sei como ele é fisicamente, mas isso no momento não importa. É um simples detalhe com o qual eu não me importo. Eu não senti necessidade de vê-lo, pois já havia sido apresentada a ele de outra maneira: através das batidas do coração.
Hoje discordo da frase "os olhos são o espelho da alma". O mais bonito de tudo é não ter a imagem visual dessa pessoa, é guardar com você exatamente o que ele guardou de você. É uma troca honesta, sem tabus, preconceitos ou qualquer outra coisa que nossos olhos enxergam e definem como certo ou errado. Quero olhar o mundo através desses olhos.
Além da experiência com o Zé, a experiência com minhas parceiras de trabalho. Como foi bom poder estar lá com elas e dividir essas emoções.
Olhar pelos olhos do outro!
Olhar é muito mais do que enxergar, olhar é de fato não julgar e sim permitir-se conhecer.
Obrigada Zé por me mostrar o mundo pelos seus olhos, por me permitir enxergar de outra maneira...
Hoje discordo da frase "os olhos são o espelho da alma". O mais bonito de tudo é não ter a imagem visual dessa pessoa, é guardar com você exatamente o que ele guardou de você. É uma troca honesta, sem tabus, preconceitos ou qualquer outra coisa que nossos olhos enxergam e definem como certo ou errado. Quero olhar o mundo através desses olhos.
Além da experiência com o Zé, a experiência com minhas parceiras de trabalho. Como foi bom poder estar lá com elas e dividir essas emoções.
Olhar pelos olhos do outro!
Olhar é muito mais do que enxergar, olhar é de fato não julgar e sim permitir-se conhecer.
Obrigada Zé por me mostrar o mundo pelos seus olhos, por me permitir enxergar de outra maneira...
segunda-feira, 3 de março de 2008
Brincadeira de criança adulta
Cadê aquele sorriso que estava aqui?
Cadê aquele sonho que estava aqui?
Cadê aquelas gargalhadas que estavam aqui?
Cadê aquele brilho que estava aqui?
Cadê aquele valor que estava guardado aqui?
O gato comeu!
E cadê o gato?
O gato se escondeu...
Onde foi que ele se escondeu?
Não sei, ainda não sei, mas sei que ele vive em algum lugar...
Um lugar pelo qual irei procurar
Até mais não aguentar...
Porque o gato precisa voltar!
Cadê aquele sonho que estava aqui?
Cadê aquelas gargalhadas que estavam aqui?
Cadê aquele brilho que estava aqui?
Cadê aquele valor que estava guardado aqui?
O gato comeu!
E cadê o gato?
O gato se escondeu...
Onde foi que ele se escondeu?
Não sei, ainda não sei, mas sei que ele vive em algum lugar...
Um lugar pelo qual irei procurar
Até mais não aguentar...
Porque o gato precisa voltar!
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Tudo novo de novo
"Vamos começar colocando um ponto final, pois isso já é um sinal de que tudo na vida tem um fim". Após ouvir esta frase ao iniciar o DVD do Paulinho Moska, ou melhor, Moska, um sentimento maravilhoso tomou conta de mim: paixão. O Moska sempre foi um cara que eu admirei e gostei muito. Mas após ouvir esta frase, eu redescobri o Paulinho Moska. Redescobri a sua poesia e seu pensamento, a sua maneira de falar de forma tão simples sobre assuntos tão complexos... Como o cara pode ser tão simples e tão completo? Ele pode, porque é além de tudo um curioso, um estudioso, um ser pensante, assim como outros caras que simplificam assuntos tão complexos em sua letra e a tornam música... E o melhor possibilitam discussão... Como diria meu amigo Zé: "o cara fala em uma frase o que eu levaria um tempão dissertando". E foi tudo isso que fez redescobrir e me apaixonar novamente pelo Paulinho MOska... que sujeito genial! Ele e o Lenine são admiráveis... E o melhor de todos nesse quesito o magistral Chico Buarque! A música dessas pessoas é alimento para a alma... Tudo novo de novo: sempre!
domingo, 27 de janeiro de 2008
Epidemia de Ricardo Azevedo
Ricardo Azevedo foi uma das minhas grandes descobertas de 2007. Durante um Congresso em Campinas, assisti a uma exposição, seminário, palestra, enfim... O nome não importa, para mim pareceu um bate-papo. Aquele cara falou coisas nas quais eu acredito, por exemplo, como o papel transformador da leitura na vida do ser humano. O caráter social da leitura. Amei aquela pessoa e li alguns de seus livros. Hoje achei este poema dele e quero compartilhar...
Epidemia
Quero o alastramento da felicidade
A propagação do sonho
O surto da esperança
Quero o declínio do insucesso
O decréscimo da derrota
A demolição do desalento
Quero a disseminação da boa-nova
O vírus alvissareiro
O contágio da alegria
Quero a extinção do desastre
A anemia da descrença
A agonia do pessimismo
Quero o tráfico da poesia
A precisão exata da anomia
A epidemia noite e dia
Da utopia
Epidemia
Quero o alastramento da felicidade
A propagação do sonho
O surto da esperança
Quero o declínio do insucesso
O decréscimo da derrota
A demolição do desalento
Quero a disseminação da boa-nova
O vírus alvissareiro
O contágio da alegria
Quero a extinção do desastre
A anemia da descrença
A agonia do pessimismo
Quero o tráfico da poesia
A precisão exata da anomia
A epidemia noite e dia
Da utopia
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Meu barquinho de papel
A vida que corre, o filme que não passa, a música inaudível, o sonho esquecido, o amor apagado, o pensamento bloqueado, um ser fragilizado...
O que foi que eu perdi? Onde é que eu esqueci meu barquinho de papel? Aquele simples, cheio de felicidade e imaginação...
Como deixei que isso acontecesse? Não só eu, mas quase todos com que convivo deixaram em algum lugar o seu barquinho... Muitos estão tão bem esquecidos que fica muito difícil imaginar que um dia já construíram seu barquinho de papel!
Eu sei que eu construí muitos em minha vida, faz tempo, mas sei que construí... Olhei para muitas coisas com tanta admiração nas minhas viagens de papel... Passeei por tantos lugares a bordo daquele que conduzia minha vida, não só dele, mas principalmente das brincadeiras divertidas que a natureza fazia. As nuvens eram as minhas grandes companheiras. Como eu brinquei com elas! A cada momento elas se apresentavam a mim de um jeito, ora bravas, ora alegres, outras enigmáticas e muitas encantadoras!
A vida escorre pelas mãos... E entre os dedos os sonhos, os risos, as fantasias infantis... Por que não conseguimos mais olhar para o mundo com esses olhos cheios de fé? Por que nós - adultos - estragamos tudo com mesquinharias, atitudes pequeninas, se poderíamos ser mais leves do que somos? Que escolha é essa que fazemos quando crescemos? Escolha que não é escolha. È assim: o mundo é assim!
Eu preciso reencontrar o meu barquinho de papel. Eu não quero mais andar e caminhar sem tê-lo ao meu lado... Esse será o meu maior desafio para 2008!
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