A vida que corre, o filme que não passa, a música inaudível, o sonho esquecido, o amor apagado, o pensamento bloqueado, um ser fragilizado...
O que foi que eu perdi? Onde é que eu esqueci meu barquinho de papel? Aquele simples, cheio de felicidade e imaginação...
Como deixei que isso acontecesse? Não só eu, mas quase todos com que convivo deixaram em algum lugar o seu barquinho... Muitos estão tão bem esquecidos que fica muito difícil imaginar que um dia já construíram seu barquinho de papel!
Eu sei que eu construí muitos em minha vida, faz tempo, mas sei que construí... Olhei para muitas coisas com tanta admiração nas minhas viagens de papel... Passeei por tantos lugares a bordo daquele que conduzia minha vida, não só dele, mas principalmente das brincadeiras divertidas que a natureza fazia. As nuvens eram as minhas grandes companheiras. Como eu brinquei com elas! A cada momento elas se apresentavam a mim de um jeito, ora bravas, ora alegres, outras enigmáticas e muitas encantadoras!
A vida escorre pelas mãos... E entre os dedos os sonhos, os risos, as fantasias infantis... Por que não conseguimos mais olhar para o mundo com esses olhos cheios de fé? Por que nós - adultos - estragamos tudo com mesquinharias, atitudes pequeninas, se poderíamos ser mais leves do que somos? Que escolha é essa que fazemos quando crescemos? Escolha que não é escolha. È assim: o mundo é assim!
Eu preciso reencontrar o meu barquinho de papel. Eu não quero mais andar e caminhar sem tê-lo ao meu lado... Esse será o meu maior desafio para 2008!
2 comentários:
Vã, amei o seu blog...lindo!!! Suas palavras soaram feito música aos meus ouvidos...minha mente...minha alma....só tenho que agradecer à Deus por ter você como amiga!
Agora...estou reencontrando o meu barquinho...
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