sábado, 3 de outubro de 2009
SINTONIA
Desrespeito. Traição. Não existe algo que eu mais abomine que essas duas coisas em minha vida. Aprendi desde sempre que respeito e lealdade são ingredientes essenciais para qualquer relação vivida pelas pessoas. Talvez isso me aproxime tanto dos animais, principalmente dos cães, pois eles apresentam esses sentimentos muito claros em suas ações. Por que os homens não agem, ou melhor, não internalizam esses conceitos? Sempre busquei, e tenho certeza que continuarei buscando, a verdade em meus relacionamentos e em minhas ações. Estou longe de ser perfeita, aliás nem quero isso para mim, já que tenho plena certeza do quanto os nossos defeitos nos trazem grandes conhceimentos e aprendizagens significantes. Porém, também tenho pelna convicção de que respeito e sou leal aqueles que gosto. Sim, isso eu sei que tenho junto a mim. Não consigo ser desleal ou desrespeitar pessoas que gosto e de certa maneira são significativas para mim. Aliás, desrespeitar alguém é cruel demais... Trair a confiança de outro então, para mim torna-se inaceitável... Como é triste perceber que nem sempre os outros pensam assim, mas mais triste é perceber que alguém com a qual você julgava ter esse laço de carinho, respeito e lealdade não age na mesma sintonia... A sintonia, definitivamente, não é a mesma... Talvez as batidas dos nossos corações tenham em um pequeno momento batido perfeitamente, mas hoje andam descompassadas e cada uma numa sintonia, num ritmo... Ritmo que eu não quero dançar, ouvir e muito menos conhecer!
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Cigarro
Vamos lá... Faz tempo que ando com vontade de escrever sobre esse assunto. Ando muito puta da vida com essa merda de lei. Muito bem, concordo que o sujeito que não fuma não tem por que ficar junto a quem fuma... Mas os direitos nesse país deveriam ser iguais. Aliás não está em nossa Constituição que somos todos iguais? Mas, pelo jeito no estado de São Paulo isso não existe. Ao meu ver essa lei é totalmente incabível, pois cerceia um direito do cidadão. Proibir algo que é permitido? Não entendo! Vende-se cigarro em qualquer lugar, por que desgraça consumi-lo é proibido? O pior é que esse sujeito que governa (ou melhor desgoverna) nosso estado está muito próximo de tonar-se o nosso presidente! Jesus, me socorre! Me socorre desse país onde é certo fazer ato secreto, que é proibido, e errado fumar, que é um ato legal... Por essas e outras é que agora fumar tornou-se uma questão de rebeldia! serei rebelde e chat... Fumarei mesmo na rua, atitude que eu não tinha antes dessa lei... Acendo o meu cigarro... Acalmo... Relaxo...
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
O que é o amor???
Por sete anos convivi com uma pessoa muito especial. Especial mesmo, pois além de fazer minha mãe feliz, trouxe para nossas vidas algumas mudanças que foram significativas. Estava pensando no dia em que eu o conheci. E sabe o que é mais doido? Eu não me lembro. Não sei precisar em minha memória esse momento. E, hoje, pensando sobre isso tenho a sensação que eu sempre o conheci. Que ele não entrou em nossas vidas, mas que simplesmente apareceu onde sempre ele deveria ter estado. Não sei nem como traduzir em palavras essa sensação de conhecer o Francisco desde muito tempo... Sempre admirei nas pessoas um aspecto que pouco vejo hoje em muitos dos olhos com os quais convivo: caráter. E ele tinha em seus olhos a luz desse aspecto. E isso me fez admirá-lo cada vez mais. Ele sempre foi um homem muito bom e teve ao seu lado uma pessoa muito iluminada: minha mãe.
Definir o que eu via nos olhos desses dois, talvez seja conseguir exprimir o que poetas, músicos, cineastas e artistas plásticos sempre tentaram: o significado do que é o amor. Sim, somente quem os viu e conviveu com eles pode dizer que já viu esse sentimento personalizado e vivo...Talvez esta tenha sido a sua missão: mostrar a todos que o amor não é algo tão distante e que ele existe sim, porém somente para aqueles que tem nos olhos e no coração o que os dois tinham...
Definir o que eu via nos olhos desses dois, talvez seja conseguir exprimir o que poetas, músicos, cineastas e artistas plásticos sempre tentaram: o significado do que é o amor. Sim, somente quem os viu e conviveu com eles pode dizer que já viu esse sentimento personalizado e vivo...Talvez esta tenha sido a sua missão: mostrar a todos que o amor não é algo tão distante e que ele existe sim, porém somente para aqueles que tem nos olhos e no coração o que os dois tinham...
sábado, 15 de agosto de 2009
Revolução na alma e no corpo... Assim tem sido os últimos meses... Parece que um tufão atravessa meu espírito e percorre meus músculos, carne e pele... Agitação e desordem são as palavras que mais se encaixam neste momento. Tem tnata coisa acontecendo e nenhuma delas eu posso mudar. Talvez esse seja o motivo de tanta bagunça dentro de mim.. A vida não é um site da internet que a gente escolhe por qual link iremos navegar. Queria eu poder abrir um link assim: eliminar o sofrimento físico e espiritual. Como hoje eu queria poder ter esse poder ou acesso a esse link... Mas isso está bloqueado... E isso constata mais uma vez que o que vale nesta vida é olhar nos olhos do outro e ser verdadeiro, é sorrir e se divertir quando a alegria chegar, é transformar a raiva em perdão, é querer o bem para o restante das almas, é pedir paz ao coração daqueles que você não gosta de verdade... é verificar que somos apenas seres humanos, meros coadjuvantes da natureza, esta sim senhora de tudo.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Esqeucer o que aconteceu. Como essa capacidade me faz falta ultimamente. Queria não me lembrar de certas partes de meu dia, de certos olhares que vi, de certas vozes que ouvi. Ser Peter Pan, que esquece de tudo logo depois que acontece, que é capaz de não reconhecer um rosto ou uma pessoa que a pouco viu... Seria bom esquecer daqueles olhos que memagoam toda manhã, daqueles sorrisos que me desafiam toda manhã, daqueles comentários que ouço toda manhã, daqueles seres que muitas vezes me fazem querer desistir do que sonhei. Como pode um ser humano ser capaz de aniquilar o sonho do outro? De maltratar tanto outro ser humano e nem ao menos pensar no que fez? Como pode um ser humano não ser humano? Como? Estamos pautados e norteados por valores, regras e preceitos muito distantes do que é a humanidade... Não adianta filmes, músicas, textos, conversas para quem não quer crescer, para quem não quer aprender...
Não adianta... ele é humano, mas nunca tonar-se-á um ser humano... NUNCA... Infelizmente!
Não adianta... ele é humano, mas nunca tonar-se-á um ser humano... NUNCA... Infelizmente!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
Escrevo linhas tortas de sentimentos igualmente desalinhados, desajustados e desconexos... Será que sei o que sinto? O que será isso afinal que insiste em pulsar dentro desta caixa, que embora bem protegida, é tão sensível quanto uma flor? O que bate aqui dentro reflete na alma de quem? Gostaria que fosse refletida na caixa de um outro alguém...
segunda-feira, 6 de abril de 2009
A indelicadeza próxima do amor...
A indelicadeza também aproxima corações. Ou melhor aproxima um coração e um murro. Essa atitude é tão incoerente e ilógica, mas mesmo assim ela acaba transformando-se em necessidade de se ter o autor de tal ato ao seu lado. Como pode o ser humano gostar daquilo ou daquele que o despreza? Que condição é essa que temos para o sofrimento? POr que o aceitamos e o procuramos sempre? Não é físico, mas o da alma... Por que nos violentamos tanto, quando o mais simples e coerente é o afastamento? Que loucura é essa que permeia corações e norteia comportamentos? Como a proximidade com o indelicado pode ser desejado? não entendo... SImplesmente não entendo... Mas reconheço que esta é uma condição humana, que muitas vezes esbarramos nela... Por quê?
terça-feira, 31 de março de 2009
Quando viu aquele sorriso, aqueles olhos repletos de mistério, teve certeza de que descobrira um outro pedaço de seu ser... Seria aquele melodioso olhar uma simples ilusão? Aqueles olhos escondiam qual mistério? Misterioso era ele ou ela?
Nada tinha de inovador ou inusitado em sua vidinha medíocre de dona de casa, mãe de dois filhos, casada com o mesmo homem que sorriu para ela cerca de 20 anos atrás... O nome? Simples demais: Clara. Clara como o lírio, como o sol, como a luz... Mas naquele dia a alvura de sua vida transfigurou-se para um iluminado quadro de pop art, repleto de interferências e críticas.
O que tinham aqueles olhos que transportavam Clara para esse colorido de sentimentos? Amarela. A blusa dele era amarela, mas nada iluminava mais que o seu olhar e seu sorriso. Através dos olhos dele ela reconhecia o quão misteriosa ainda era a sua vida e seus sentimentos. Ao ver aqueles garços olhos, destrancou o porão de seu peito e de dentro dele saíram alguns tesouros, porém um, apenas um foi capaz de transformá-la: O AMOR...
segunda-feira, 23 de março de 2009
Minha carne é de carnaval, meu coração é igual...
Sente o coração pulsar mais forte. A leitura daquele texto é como um rasgar de bala em seu peito. Emociona-se. Sente algo diferente em seu corpo... Não sabe ao certo o que aquilo representa... A música que ouvia começa a ter mais sentido, mais som. Colore-se o quarto. Brilha o sol e seus passos invandem o chão riscado de lágrimas que brotaram, antes daquela leitura. Como tudo pode mudar tão rápido? Um simples dizer impulsiona seu peito de novo a bater. A tremer. A querer. Dança. Entrega-se a um ritmo tão conhecido seu: o samba. Samba, samba o swing do Campo Grande. Sua carne e seu coração definitivamente são de carnaval: intensos, festivos e muito vibrantes. Esquece que existem as cinzas... Quer somente o carnaval para encontrar-se com o folião que roubou seu coração...Sua carne e coração também são de carnaval?
Ando me encontrando com canções antigas, muitas delas nem mesmo fizeram parte da minha adolescência, por exemplo, "Bichos Escrotos" (ótima para se ouvir de manhã, quando se está indo trabalhar, pois alivia e anima ao mesmo tempo), "Inútil", "Vital e sua moto", "Igreja" entre outras tantas que marcaram e comandaram a moçada da década de 1980... Eu sou um pouco depois disso... A minha fase adolescente "rock´n roll, rebelde e sonhadora" rolou na década de 1990. Dez anos depois do estrondoso sucesso da galera "anos 80", dos ultrajantes a rigor, dos enormes titãs, celebrados paralalamas, repletos de ira em suas canções... Ao ouvir bandas e o rock dessa época, ou até mesmo as pegadas de Nirvana, Red Hot e Guns, sinto que ainda tenho um ar de rebeldia, de querer ainda dizer e viver a vida com a mesma intensidade dessa batida acelerada, um pouco estranha e muito viceral... Acreditava que jovens deveriam gostar de rock, porque esse som representava a transgressão... A mudança, o diferente... Mas hoje, ao olhar meus alunos ouvindo e se deliciando com os sertanejos, que desculpem-me mas parecem pragas, pois proliferam mais que novos silicones entre as famosas, sinto uma tristeza profunda em meu coração... Preconceito? Sempre acreditei que eu não tinha esse sentimento... Mas ao sentir esse vazio na alma ao olhar para os nossos adolescentes do século 21, percebo que ele existe dentro de mim... Eu não gosto desse tipo de música, acho um puta saco! Ruim mesmo! Para mim é simplesmente música de corno exibido! Sorte que esse tipo de dor dá dinheiro para os compositores e cantores dessas canções... Ou sou muito preconceituosa ou a velhice chegou em minha vida e eu, justamente eu, estou agindo exatamente como os meus pais que odiavam meu som rock´n roll... Será? E por mais batido que seja ainda continuaremos sendo iguais aos nossos pais???
sexta-feira, 20 de março de 2009
sexta-feira, 13 de março de 2009
A procura da batida perfeita, aquela que não é a do D2
Andando, fumando, conversando, trabalhando, bebendo, comendo, cheirando, amando, odiando, sonhando, viajando, casando, sonhando... Sonhando com o tempo que ainda chegará e verificando o tempo que já ficou perdido nas poeiras da estrada. Quanta bagagem desnecessária levou com ela durante essa viagem. Pára (e continuará acentuando o pára para justamente diferenciá-lo) e vê em seu bolso um pequeno bilhete. Tu és responsável por aquilo que cativas! Desgraça de Pequeno Príncipe que nunca me deixa de lado. Bradou desabafando com seus próprios olhos. Cativou muitos durante esse tempo? Não sabe. Só sabe que esse personagem a persegue desde garota. Pequena garota que encantava-se com Platão e Sócrates e lia o livro das aventuras desse principezinho para entender os motivos do bocejar ou não em uma sala de aula. E o cara que para sempre ela amaria é apresentado à ela. Não, não seria aquele pelo qual seu coração pararia por instantes no ar, mas aquele cara qeu através de seus escritos mudou sua vida: o Nelson. o Rodrigues! E que hoje anda tão distante de sua vida e de suas viagens filosóficas, sociológicas e literárias...Outros chegaram à ela, mas nenhum com o mesmo ardor. Típico acontecimento rodriguiano... Olha para esse longe pulsar de sonhos e descobre-se sonhando com algo tão incerto e ao mesmo tempo tão certo que tem vontade de deixar-se levar. Levar-se pelas batidas musicais de uma música de batidas ainda desconhecidas, não ao som da batida perfeita. POrque perfeito é o que foi e imperfeito é o que ainda não se realizou. Viva essa imperfeição. Exclamou. Sorriu. Saiu...
quarta-feira, 11 de março de 2009
O pulsa ainda pulsa... Assim diria Arnaldo em uma de suas muitas canções poéticas... Ele pulsar é sinal que a vida corre dentro das minhas veias... Mas o que circula nelas? Medo? Sonho? desejo oculto de não saber o que vem por aí? Sentimento da alma, doideira do espírito e vazio no coração, porém o pulso ainda pulsa... e pulsando a vida vai transcorrendo sem se perceber o quanto ela vive! O quanto ela pulsa o quanto ela é real... Pulsa, mas não vive... pulsa mas não sonha... pulsa mas não deseja... Desejo de quê? Fome de quê? O pulso ainda pulsa!
terça-feira, 10 de março de 2009
Desordem da alma
Ao abrir os olhos ela percebeu que algo estava diferente em sua cama e aquela estranheza estendia-se aos seus lençóis, fronhas e travesseiros. Verdadeiramente algo estranho pairava naquele quarto da avenida principal de sua estranha cidade de São Paulo. Será que a cama encontrou-se com a mais louca estranheza da cidade? Bobagem, deixa pra lá... Olhou-se no espelho, como realizava costumeiramente antes de despir-se para entrar no banho. Olhos, boca, nariz, respiração, a mesma sensação anterior... Que desgraça era aquela agora? Isso não era momento e muito menos hora de acontecer um negócio assim... O banho! Despiu-se rapidamente, diferente do habitual ritual que mantinha todas as manhãs... E ela era uma moça que respeitava certos rituais e os cultuava, devido a importância desses atos para a... Não sabia explicar... Talvez esse e outros tantos hábitos fossem por ela conservados, para que nunca se esquecesse do que é padrão. Da ordem. Do natural andar de cada elemento do mundo, isso sendo os animais ou os seres humanos... O banho! Tentou ser rápida, como de costume, mas tudo andava conforme o refrão de uma canção do Moska "não quero a ordem natural das coisas. não quero mais a ordem..." . O sabonete e a água resolveram namorar durante o banho e mais ainda, o corpo dela era o local para que os enamorados ficassem cada vez mais apaixonados. O banho! Terminou com a alegria dos amantes e novamente a sua imagem refletiu-se no espelho! Maldita hora! Tenebrosa hora! Que olhos são esses? Eles não tinham mais a certeza do dia anterior... Da noite anterior, do momento anterior aos olhos dele... Dele... Só ele... Apenas ele...A culpa pela desordem do tempo seria dele? O coração estremeceu, as pernas tremeram e o suspiro deu-lhe um beijo em seus braços... Como não seria isso?
Sentou-se a cama, nela deitou-se e como há tempos não fazia, gargalhou... A sua felicidade não inundava só o seu quarto, mas todo o prédio. até mesmo a dona do cão mais bravo do mundo pôde sentir o estremecer daquela apaixonada e estranha gargalhada...Perdi! Foi o que pensou! Perdi o meu eu para encontrar o nosso. Os olhos dele eram o céu noturno em seu dia... quantos mistérios envolvem aquele que fez dela uma desordem e estranheza total... Não se sabe... E vestiu-se com a mais louca e estranha emoção. Espelho. Sorriu, lembrando da pergunta de sua aluna: como se sabe quando se ama?
Os olhos! Aqueles olhos!
segunda-feira, 9 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
Historinha para... Sei lá!
Acorda o jovem e inconsequente Luiz Cláudio, no meio da manhã, faz seu café, acende seu cigarro e olha os resquícios da noite anterior no vazio da sala... o sofá com almofadas e peças de roupas, o tapete molhado por um líquido que ele nunca imaginara existir, o aparelho de som cheio de latinhas de cerveja... As cervejas! Se fossem só elas o seu problema! Onde eu coloquei meus chinelos? Indaga-se, pois pode ficar com algum resfriado... Corpo quente e chão frio... Terrível e temida combinação... A famigerada explicação de sua mãe que ainda ecoa - e ele nem se dá conta - em toda a sua alma, ou o pouco que ainda resta dela... A televisão estranha, um pouco torta e com a imagem distorcida olha fixamente em seus olhos cheios de interrogações... Que noite! Talvez a sala e o seu coração estabeleçam uma enorme sintonia. Sintonizam-se na frequencia como são acionados e na incerteza de como eles chegaram aquele ponto.
Maria Aparecida já está em sua salinha, arrumada e cheirosa, desde às 7h33minutos daquela estação da primavera. Anda de um lado para o outro, ajeita seus papéis, escreve em sua agenda a lista de tarefas (domésticas e pessoais) que ainda terá que cumprir... Como pude deixar isso passar em minha vida? Que furacão. Experimenta mais um gole de seu pavoroso e assombrado café, que a todo momento lhe traz a cabeça flashes de cervejas, danças e música... Como acordei? João Antônio acorda Maria. É hora de travarem a peleja de seus oficios. Ela odeia vê-lo com aquela expressão de... Mas hoje isso não anda fazendo muita diferença. Ela o olha e ele é simplesmente um pobre coitado que acredita que ali é a sua felicidade. Sei que você está bem organizada, Maria, aliás organização e responsabilidade são suas maiores qualidades...
Aquilo sempre fora um elogio durante toda a sua vida, mas dessa vez acertou em cheio o seu coração... Desde quando essas palavras tornaram-se qualidades? A imagem de Luiz Cláudio paira sobre sua cabeça e acentua em sua coração. É na bagunça e desordem de encontros como aquele que ela precisa viver, para poder ser a Maria Aparecida. Luiz, lembra de Maria... De onde surgiu essa mulher? Que inveja... Seu coração acelerava ao lembrar do cheiro, da boca e da voz de Maria. A vida dela era aquilo que naquele momento a sua sala precisava ter. A vontade de tê-la por ali, talvez trouxesse ao lugar um pouco de responsabilidade! Não posso passar minha vida vivendo assim... As cervejas! Quanta cerveja... no lugar das cervejas, se Maria aqui estivesse, talvez vasinhos de flor...
Não suporto mais o peso de ser assim... Sair do eixo, do lugar, sonhar, viajar, curtir. Deixei tanta coisa passar. É a trilha sonora do coração e alma da Maria. João está tão empolgado naquela peleja que ela chega até a gargalhar. Todas a encaram. Maria gargalhar? Ela manda todos eles para um lugar famosíssimo, que a sala acreditava que ela nem ao menos soubesse que existia... E sai. Sai à procura de sua vida e de seu coração...
Luiz, repentinamente começa a arrumar sua sala vazia. Quer mudá-la, ordená-la e preenche-la de Maria.
Mas como muitos poetas já escreveram o amor é meio torto, meio fora de hora... Maria e Luiz, dois corações, separados por grandes ilusões...
Maria Aparecida já está em sua salinha, arrumada e cheirosa, desde às 7h33minutos daquela estação da primavera. Anda de um lado para o outro, ajeita seus papéis, escreve em sua agenda a lista de tarefas (domésticas e pessoais) que ainda terá que cumprir... Como pude deixar isso passar em minha vida? Que furacão. Experimenta mais um gole de seu pavoroso e assombrado café, que a todo momento lhe traz a cabeça flashes de cervejas, danças e música... Como acordei? João Antônio acorda Maria. É hora de travarem a peleja de seus oficios. Ela odeia vê-lo com aquela expressão de... Mas hoje isso não anda fazendo muita diferença. Ela o olha e ele é simplesmente um pobre coitado que acredita que ali é a sua felicidade. Sei que você está bem organizada, Maria, aliás organização e responsabilidade são suas maiores qualidades...
Aquilo sempre fora um elogio durante toda a sua vida, mas dessa vez acertou em cheio o seu coração... Desde quando essas palavras tornaram-se qualidades? A imagem de Luiz Cláudio paira sobre sua cabeça e acentua em sua coração. É na bagunça e desordem de encontros como aquele que ela precisa viver, para poder ser a Maria Aparecida. Luiz, lembra de Maria... De onde surgiu essa mulher? Que inveja... Seu coração acelerava ao lembrar do cheiro, da boca e da voz de Maria. A vida dela era aquilo que naquele momento a sua sala precisava ter. A vontade de tê-la por ali, talvez trouxesse ao lugar um pouco de responsabilidade! Não posso passar minha vida vivendo assim... As cervejas! Quanta cerveja... no lugar das cervejas, se Maria aqui estivesse, talvez vasinhos de flor...
Não suporto mais o peso de ser assim... Sair do eixo, do lugar, sonhar, viajar, curtir. Deixei tanta coisa passar. É a trilha sonora do coração e alma da Maria. João está tão empolgado naquela peleja que ela chega até a gargalhar. Todas a encaram. Maria gargalhar? Ela manda todos eles para um lugar famosíssimo, que a sala acreditava que ela nem ao menos soubesse que existia... E sai. Sai à procura de sua vida e de seu coração...
Luiz, repentinamente começa a arrumar sua sala vazia. Quer mudá-la, ordená-la e preenche-la de Maria.
Mas como muitos poetas já escreveram o amor é meio torto, meio fora de hora... Maria e Luiz, dois corações, separados por grandes ilusões...
Quando?
quando isso vai parar?
quando a Terra vai se soltar?
quando o sol deixará de brilhar?
quando a chuva deixará de molhar?
quando o frio deixará de esfriar?
quando a música deixará de tocar?
quando não teremos mais o luar?
quando eu deixar de amar...
quando a Terra vai se soltar?
quando o sol deixará de brilhar?
quando a chuva deixará de molhar?
quando o frio deixará de esfriar?
quando a música deixará de tocar?
quando não teremos mais o luar?
quando eu deixar de amar...
sábado, 31 de janeiro de 2009
PROFESSOR
"Mãe, você está louca! Eu não vou fazer magistério! Não quero ser professora! Não quero ser igual a você... Dar aulas? Jamais!!!" Assim passei repetindo essas frases, como espécie de um mantra, durante minha adolescência... Ela, professora extremamente competente e mãe totalmente preocupada com a vida profissional de sua filha. Eu, uma adolescente despreocupada e sonhadora, ansiando pela carreira de atriz ou qualquer outra, menos a tão famigerada de minha progenitora. E assim passaram-se os anos de meus estudos - muito doloridos e reveladores - mas eles acabaram e...? E agora, José? O que fazer? O que prestar? O que serei eu??? O teatro já tornara-se algo inatingível, eu não estava disposta a abdicar de certos confortos e momentos por ele... Resolvi então prestar vestibular para Serviço Social. Que lindo! Serei uma daquelas moças que ajudam aos outros... Ainda bem que não consegui dar continuidade a esses estudos. Hoje eu seria uma péssima assistente social, aliás acredito que nem mesmo tornar-me-ia uma delas... Meu lado sentimental não me permitiria exercer esta carreira...Medicina? Engenharia? Advocacia? Não... Fui ser secretária... Adorei... Mas não me apaixonei... E o teatro continuava uma de minhas possíveis escolhas... tentarei ser atriz de verdade...sairei do teatro amador e vou a São Paulo buscar meu sonho.
Mas, por um golpe do destino, ou melhor um galope dele, surgiu a oportunidade de trabalho que me interessou: dar aulas de teatro... Quando isso surgiu na minha vida eu não lembrei-me daquelas falas da adolescência, eu me animei... Achei que serprofessora de teatro não era a igual ao que minha mãe fazia... E fui...Bom... Era igual sim. Ser professor é ser professor seja a disciplina que for... Então, acredito eu que descobri minha verdadeira profissão: professor!
Hoje eu não me vejo fazendo outra coisa. Em momentos desesperadores - em que os alunos tornam-se seres abomináveis - e você pensa que precisa largar essa profissão, que não aguenta mais... Penso novemente que essa é a minha profissão e que eu devo exercê-la da melhor maneira possível. E que se eu for uma advogada ou médica terão outras situações abomináveis assim com as que tenho...
Ser professor é a maior profissão do mundo. Tenho certeza. Certeza por aqueles que a exercem com amor. De verdade. Que não enganam. Que refletem. Que sonham. que ensinam. E que sentem-se responsáveis por cada coração que pulsa em sua aula.. Esses sim são os maiores... Encaro minha profissão com muito respeito e por isso a amo. Amo porque sei da minha responsabilidade. Pena que nem todos que a exercem a vejam assim. Do mesmo modo que a Fernanda MOntenegro falou que o dia em que ela parar de sentir frio na barriga ao entrar no palco, a sua profissão acabou. A minha também. O dia em que eu não sentir mais essa ansiedade, esse esfriar do corpo e o coração pulsar: acabou!
Mas, por um golpe do destino, ou melhor um galope dele, surgiu a oportunidade de trabalho que me interessou: dar aulas de teatro... Quando isso surgiu na minha vida eu não lembrei-me daquelas falas da adolescência, eu me animei... Achei que serprofessora de teatro não era a igual ao que minha mãe fazia... E fui...Bom... Era igual sim. Ser professor é ser professor seja a disciplina que for... Então, acredito eu que descobri minha verdadeira profissão: professor!
Hoje eu não me vejo fazendo outra coisa. Em momentos desesperadores - em que os alunos tornam-se seres abomináveis - e você pensa que precisa largar essa profissão, que não aguenta mais... Penso novemente que essa é a minha profissão e que eu devo exercê-la da melhor maneira possível. E que se eu for uma advogada ou médica terão outras situações abomináveis assim com as que tenho...
Ser professor é a maior profissão do mundo. Tenho certeza. Certeza por aqueles que a exercem com amor. De verdade. Que não enganam. Que refletem. Que sonham. que ensinam. E que sentem-se responsáveis por cada coração que pulsa em sua aula.. Esses sim são os maiores... Encaro minha profissão com muito respeito e por isso a amo. Amo porque sei da minha responsabilidade. Pena que nem todos que a exercem a vejam assim. Do mesmo modo que a Fernanda MOntenegro falou que o dia em que ela parar de sentir frio na barriga ao entrar no palco, a sua profissão acabou. A minha também. O dia em que eu não sentir mais essa ansiedade, esse esfriar do corpo e o coração pulsar: acabou!
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