Andando, fumando, conversando, trabalhando, bebendo, comendo, cheirando, amando, odiando, sonhando, viajando, casando, sonhando... Sonhando com o tempo que ainda chegará e verificando o tempo que já ficou perdido nas poeiras da estrada. Quanta bagagem desnecessária levou com ela durante essa viagem. Pára (e continuará acentuando o pára para justamente diferenciá-lo) e vê em seu bolso um pequeno bilhete. Tu és responsável por aquilo que cativas! Desgraça de Pequeno Príncipe que nunca me deixa de lado. Bradou desabafando com seus próprios olhos. Cativou muitos durante esse tempo? Não sabe. Só sabe que esse personagem a persegue desde garota. Pequena garota que encantava-se com Platão e Sócrates e lia o livro das aventuras desse principezinho para entender os motivos do bocejar ou não em uma sala de aula. E o cara que para sempre ela amaria é apresentado à ela. Não, não seria aquele pelo qual seu coração pararia por instantes no ar, mas aquele cara qeu através de seus escritos mudou sua vida: o Nelson. o Rodrigues! E que hoje anda tão distante de sua vida e de suas viagens filosóficas, sociológicas e literárias...Outros chegaram à ela, mas nenhum com o mesmo ardor. Típico acontecimento rodriguiano... Olha para esse longe pulsar de sonhos e descobre-se sonhando com algo tão incerto e ao mesmo tempo tão certo que tem vontade de deixar-se levar. Levar-se pelas batidas musicais de uma música de batidas ainda desconhecidas, não ao som da batida perfeita. POrque perfeito é o que foi e imperfeito é o que ainda não se realizou. Viva essa imperfeição. Exclamou. Sorriu. Saiu...
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