Acorda o jovem e inconsequente Luiz Cláudio, no meio da manhã, faz seu café, acende seu cigarro e olha os resquícios da noite anterior no vazio da sala... o sofá com almofadas e peças de roupas, o tapete molhado por um líquido que ele nunca imaginara existir, o aparelho de som cheio de latinhas de cerveja... As cervejas! Se fossem só elas o seu problema! Onde eu coloquei meus chinelos? Indaga-se, pois pode ficar com algum resfriado... Corpo quente e chão frio... Terrível e temida combinação... A famigerada explicação de sua mãe que ainda ecoa - e ele nem se dá conta - em toda a sua alma, ou o pouco que ainda resta dela... A televisão estranha, um pouco torta e com a imagem distorcida olha fixamente em seus olhos cheios de interrogações... Que noite! Talvez a sala e o seu coração estabeleçam uma enorme sintonia. Sintonizam-se na frequencia como são acionados e na incerteza de como eles chegaram aquele ponto.
Maria Aparecida já está em sua salinha, arrumada e cheirosa, desde às 7h33minutos daquela estação da primavera. Anda de um lado para o outro, ajeita seus papéis, escreve em sua agenda a lista de tarefas (domésticas e pessoais) que ainda terá que cumprir... Como pude deixar isso passar em minha vida? Que furacão. Experimenta mais um gole de seu pavoroso e assombrado café, que a todo momento lhe traz a cabeça flashes de cervejas, danças e música... Como acordei? João Antônio acorda Maria. É hora de travarem a peleja de seus oficios. Ela odeia vê-lo com aquela expressão de... Mas hoje isso não anda fazendo muita diferença. Ela o olha e ele é simplesmente um pobre coitado que acredita que ali é a sua felicidade. Sei que você está bem organizada, Maria, aliás organização e responsabilidade são suas maiores qualidades...
Aquilo sempre fora um elogio durante toda a sua vida, mas dessa vez acertou em cheio o seu coração... Desde quando essas palavras tornaram-se qualidades? A imagem de Luiz Cláudio paira sobre sua cabeça e acentua em sua coração. É na bagunça e desordem de encontros como aquele que ela precisa viver, para poder ser a Maria Aparecida. Luiz, lembra de Maria... De onde surgiu essa mulher? Que inveja... Seu coração acelerava ao lembrar do cheiro, da boca e da voz de Maria. A vida dela era aquilo que naquele momento a sua sala precisava ter. A vontade de tê-la por ali, talvez trouxesse ao lugar um pouco de responsabilidade! Não posso passar minha vida vivendo assim... As cervejas! Quanta cerveja... no lugar das cervejas, se Maria aqui estivesse, talvez vasinhos de flor...
Não suporto mais o peso de ser assim... Sair do eixo, do lugar, sonhar, viajar, curtir. Deixei tanta coisa passar. É a trilha sonora do coração e alma da Maria. João está tão empolgado naquela peleja que ela chega até a gargalhar. Todas a encaram. Maria gargalhar? Ela manda todos eles para um lugar famosíssimo, que a sala acreditava que ela nem ao menos soubesse que existia... E sai. Sai à procura de sua vida e de seu coração...
Luiz, repentinamente começa a arrumar sua sala vazia. Quer mudá-la, ordená-la e preenche-la de Maria.
Mas como muitos poetas já escreveram o amor é meio torto, meio fora de hora... Maria e Luiz, dois corações, separados por grandes ilusões...
Maria Aparecida já está em sua salinha, arrumada e cheirosa, desde às 7h33minutos daquela estação da primavera. Anda de um lado para o outro, ajeita seus papéis, escreve em sua agenda a lista de tarefas (domésticas e pessoais) que ainda terá que cumprir... Como pude deixar isso passar em minha vida? Que furacão. Experimenta mais um gole de seu pavoroso e assombrado café, que a todo momento lhe traz a cabeça flashes de cervejas, danças e música... Como acordei? João Antônio acorda Maria. É hora de travarem a peleja de seus oficios. Ela odeia vê-lo com aquela expressão de... Mas hoje isso não anda fazendo muita diferença. Ela o olha e ele é simplesmente um pobre coitado que acredita que ali é a sua felicidade. Sei que você está bem organizada, Maria, aliás organização e responsabilidade são suas maiores qualidades...
Aquilo sempre fora um elogio durante toda a sua vida, mas dessa vez acertou em cheio o seu coração... Desde quando essas palavras tornaram-se qualidades? A imagem de Luiz Cláudio paira sobre sua cabeça e acentua em sua coração. É na bagunça e desordem de encontros como aquele que ela precisa viver, para poder ser a Maria Aparecida. Luiz, lembra de Maria... De onde surgiu essa mulher? Que inveja... Seu coração acelerava ao lembrar do cheiro, da boca e da voz de Maria. A vida dela era aquilo que naquele momento a sua sala precisava ter. A vontade de tê-la por ali, talvez trouxesse ao lugar um pouco de responsabilidade! Não posso passar minha vida vivendo assim... As cervejas! Quanta cerveja... no lugar das cervejas, se Maria aqui estivesse, talvez vasinhos de flor...
Não suporto mais o peso de ser assim... Sair do eixo, do lugar, sonhar, viajar, curtir. Deixei tanta coisa passar. É a trilha sonora do coração e alma da Maria. João está tão empolgado naquela peleja que ela chega até a gargalhar. Todas a encaram. Maria gargalhar? Ela manda todos eles para um lugar famosíssimo, que a sala acreditava que ela nem ao menos soubesse que existia... E sai. Sai à procura de sua vida e de seu coração...
Luiz, repentinamente começa a arrumar sua sala vazia. Quer mudá-la, ordená-la e preenche-la de Maria.
Mas como muitos poetas já escreveram o amor é meio torto, meio fora de hora... Maria e Luiz, dois corações, separados por grandes ilusões...
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